sábado, 25 de maio de 2013

eu menti pra você



























o avesso
do avesso
do avesso
do avesso

camelo-cama(leão)






















sonhei que eu estava de férias e fui viajar com a minha família pra uma cidadezinha longe de tudo, no norte do país. boatos diziam que lá as coisas tinham mais de uma cor, não os objetos, mas as coisas vivas. alugamos um chalé, tudo tão simples, areia no chão, cama de rede e cheiro de tempo antigo. perambulamos, procurando o causo. passado um tempo, encontramos uma espécie de camelo selvagem com três corcovas, que variava de um marrom/caramelo característico à tons de azul, um azul forte, pêlo brilhante. tendia à uma gama de cores frias. trilha a dentro, percebemos que não só os animais, mas as pessoas também oscilavam, podiam ser cor de laranja, azul turquesa, gris, grená ou dourado. e que era só adentrar mais na mata (e em nós) que virávamos camaleões.

sexta-feira, 24 de maio de 2013

mapa

todos os meus planos de fuga acabam no mar ou em uma cidadezinha com um nome impronunciável. ultimamente todas as minhas rotas são de fuga. feito rio desaguo no mar da palavra desconhecida. tem outras opções sem ser fugir, eu sei. mas quero ser mundo.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

sexta-feira, 17 de maio de 2013

eu ando o equivalente à quatro quadras, no caminho de casa ao metrô. desço seis andares. dobro uma esquina. atravesso duas ruas. na ida eu aperto um botão, pra ascender verde o farol de pedestre. na volta aperto dois. no poste do último botão -da volta- escreveram a algum tempo uma pergunta. todo dia eu aperto o botão. todo dia eu leio a pergunta. todo dia confiro. tem certeza que o céu azul? 73% das vezes respondo cinza. 


as certezas são líquidas
hoje
acordei
e a
palavra
saiu
outra
a
língua
soou
outra
era
quase
mas
não
era
a minha
palavra