ocupei uma gaveta com as coisas que não tem lugar. tento, procuro, insisto, mas elas não se encaixam em lugares específicos, prateleiras ou caixas divisórias. a gaveta está sempre abarrotada. flores de crochê à plástico, grampos de cabelo, cartões postais, um mini bumba-meu-boi, amores antigos, chaveiros, coleções passadas, conchas, pedaços de plástico e de infância, lembranças, cartões de crédito de desconhecidos achados na rua, e envelopes sem carta, com remetente e saudade dentro.
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